sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Prológo do Silver


Quase entrei em choque quando vi aquele dragão, afinal dragões não são comuns perto da cidade, apenas da floresta, então decidi segui-lo para ajudar minha amiga. Segui-os até o penhasco da ponta de lança, um penhasco muito estreito com o formato, e tão afiado, de uma ponta de lança, o dragão encurralou-a quase na beira do penhasco, fiquei desesperado então, num ato totalmente inconsciente, joguei uma pedra na direção do dragão, acertei sua cabeça, tudo se calou, ouvia-se apenas a respiração de nós três, então o dragão se virou lentamente na minha direção, e caminhou calmamente, o que já era ameaçador, pois o dragão não tinha patas dianteiras, chegou perante mim e soltou um rugido ensurdecedor, seguido de uma tentativa de me abocanhar, mas eu era um estudante quase mestre da minha academia de artes marciais, não deixaria ser morto tão facilmente, pulei sobre a cabeça do dragão e tentei lhe acertar alguns golpes nas costas, erro meu, pois o couro reptiliano é um material quase impenetrável, pelo menos por punhos desarmados de um estudante de artes marciais, fazendo isso fiquei livre para receber uma patada do dragão, quase fatal, pois se não tivesse desviado das garras do dragão teria sido fatiado em quatro pedaços, mas o impacto da patada em si já era dolorido e tinha impulso o bastante para me jogar para trás, então segui lutando por 20 minutos nesse mesmo ritmo. Estava quase esgotando minhas energias quando achei um ponto cego no dragão, seu peito, que ficava exposto quase o tempo todo então seria fácil acertar, esse foi meu segundo erro, pois não contava com a cauda do dragão, que era grande o bastante para circundar seu corpo três vezes, e era usada como chicote para defender qualquer parte do corpo, o dragão também estava ficando cansado então tentou me atingir com uma bola de fogo ENORME, o fogo veio em minha direção e eu comecei a entrar em pânico, tudo no caminho estava sendo carbonizado, reduzido a cinzas, não podia morrer nessa hora, então em outro ato desesperado, coloquei os braços na minha frente esperando o pior, o fogo, porém, não me atingiu, naquele momento eu e o dragão ficamos totalmente estupefatos, o dragão porque tinha investido todas suas forças nessa última bola de fogo, e eu pelo fato de não só não ter sentido nada, como ter renovado minhas forças, estava me sentido novinho em folha, e esse foi meu terceiro erro, ao invés de aproveitar o clima da situação e atacar, fiquei parado me sentido muito bem, o dragão que não era nada bobo me bateu com sua cauda e foi pra cima de mim apostando tudo em uma última tentativa de me fatiar com suas garras, que ficavam na ponta de suas asas então foi estupidamente difícil de escapar daquilo, mas escapei, porém não percebi que atrás de mim vinha Kinillian (minha amiga de infância mencionada acima), as garras não a pegaram, mas a asa sim, como ela estava no meio do ar não tinha como escapar, a asa era pesada e forte o suficiente para bater nela e deixá-la inconsciente, foi a primeira vez que vi alguém girar tanto no ar e cair no chão, pensei que ela tinha morrido, então em um giro de ódio, desci o soco mais forte que tinha no peito do dragão, fazendo com que o mesmo exploda pois aquele tipo de dragão era como uma bomba relógio, se percebem que estão perto da morte explodem em um funil de chamas, eu não deixei ele se explodir então não saíram chamas da explosão, apenas gás e sangue, muito sangue, e tripas. Pensei que tinha matado o dragão, então me deitei no chão, exausto, com fome, e morrendo de calor, por um momento me sentindo realmente vivo, matar aquele dragão me fez um bem espetacular, então me lembrei que Kinillian estava desmaiada e fui ver se ela estava bem, quando cheguei perto dela ouvi um rugindo vindo de longe, olhei para trás para checar o que era, e vi mais 30 dragões, parece que aquele dragão que eu matei era filhote ainda e essa devia ser a família dele, vinham numa velocidade assustadora, saiam de um buraco no  chão como formigas, vermelhas e nervosas, então prosseguiu-se de silêncio, todos estavam alinhados a 20 metros de mim, ficaram me observando, esperando meu próximo movimento, então cometi meu quarto erro do dia, olhei nos olhos do dragão líder, de repente todos abriram suas asas ao mesmo tempo e rugiram em um rugido que abalou as fundações do céu, peguei Kinillian no ombro e fiz a coisa mais inusitada que alguém poderia ter feito naquela situação, pulei de cima do penhasco, simplesmente me joguei de costas para baixo, em um momento pensei “Cara, to livre” até que lembrei de dois fatos importantes, Tarkan fica sobre o mar antigo, uma das áreas mais perigosas de todo reino, e que Tarkan era um continente suspenso no ar, a 3 quilômetros de altura, então me veio a cabeça “Ah, mas lá embaixo é água, não vai dar problema” então me recordei do livro de ciências que tinha lido mais cedo naquele dia, se eu caísse daquela altura seria como jogar um coquetel de molotov de cima de um prédio de seis andares, a adrenalina começou a fluir e eu comecei a entrar em pânico, fiquei tão desesperado e tonto que desmaiei. A partir de agora contarei o que me disseram que aconteceu, enquanto caia eu criei uma espécie de escudo de fogo, como um cometa que entra em contato com a atmosfera, e desci em uma velocidade absurda, parece que ultrapassei as barreiras do som enquanto caía isso explica a situação da minha roupa e de Kinillian, que estava totalmente inconsciente sobre os fatos que aconteceram mais cedo, caí no mar levantando uma grande nuvem de vapor e ainda sim fiquei com a barreira de fogo ainda embaixo da água, um barco voador militar que passava por perto viu-nos caindo e, pensando ser alguma espécie de cometa, foram nos resgatar. A partir daqui eu acordei dentro do barco com as mão acorrentadas, um marinheiro explicou que estávamos amarrados pois não se deve confiar em ninguém no mar, principalmente em um “cara flamejante que caiu do céu”, mesmo sem saber do que se tratava u entendi o ponto dele, afinal são policiais, só não entendi o “caído do céu” e, flamejante ? Mas estava com muita fome para perguntar do que se tratava, então apenas perguntei quando seria o jantar, fui informado que seria daqui cinco horas, meu estômago roncou mais alto. Depois do jantar me senti renovado, comer e dormir eram duas coisas que me faziam muito bem, estava me preparando para dormir quando um marinheiro do navio apareceu dizendo que o capitão estava querendo falar comigo, “é mesmo?” disse a ele, “é mesmo” ele respondeu, “então tá bom” disse isso e me levantei, mas o marinheiro insistiu em colocar as algemas em mim. Chegando a sala do capitão, um lugar pomposo cheio de enfeites e firulas dos mais variados tipos, deveria ser um capitão da S.S, então o capitão olhou para mim e simplesmente disse “E então?”, fiquei quieto pensando ser uma pequena piada ou algo do tipo, mas ele me olhava como se realmente quisesse uma resposta minha, geralmente eu sou direto com o que quero, mas o olhar daquela pessoa era desumano, era como se ele me dissesse “Eu não me importo com a vida de nenhum ser vivo neste navio, e a sua está incluída” apenas pelo olhar, fiquei gelado, ele soltou uma longa gargalhada, parecia se divertir com meu jeito, então ele parou subitamente e disse para um dos marinheiros me segurando “Mande ele e a pequena amiga dele para a jaula, parece que Boog vai ter alguma comida afinal”, fiquei pensando no que seria BOOG, mas pela reação de repulso e medo que um dos marinheiros teve eu sabia que não seria coisa boa. A jaula tinha 9 metros de largura e aproximadamente 10 metros de comprimento, fedia a mijo e merda, parecia que não tinham limpado essa jaula por alguns anos, os marinheiros se reuniram em volta da jaula e nos jogaram para frente, abriram o portão de longe e se afastaram, e então, no fundo da jaula consegui ver uma sombra, uma sombra aterradora de 2 metros e 50 aproximadamente, uma parte batia no teto, a criatura virou a cabeça completamente na minha direção e consegui ver os olhos, olhos vermelhos, olhos de um profundo ódio, olhos que queimavam em sangue e guerra, nos lançaram para dentro da jaula junto da criatura e fecharam o portão com pressa, logo em seguida descobri o motivo da pressa, um gorila albino usando terno (não faço idéia por que :S) saiu em disparada na direção de Kinillian, que se desviou com um impulso na grade, fiquei em posição e me preparei para lutar até a morte, o gorila virou para mim, caminhou lenta e calmamente na minha direção, o rosto dele estava a 5 centímetros do meu, ele me olhou profundamente no fundo dos olhos, tinha a sensação de que ele estava me estudando, me analisando, juntando dados, os marinheiros viram que não tinha nada para eles verem e saíram, assumiram seus cargos, o gorila soltou um suspiro e disse “Ufa, é difícil fingir assim, prazer meu nome é Charles Davingtom Booguiesvich”, fiquei muito espantado com a mão imensa estendida a mim, cumprimentei o gorila e ele me explicou que conseguia falar e entender humanos por que tinha sido criado em laboratório, aliás, ele não só conseguia falar em Tarkano e Arkadiano como mais quatro línguas, e como o capitão pretendia me manter preso ali por um bom tempo decidi agir, meu destino era Arkadian e pra isso eu precisaria aprender a falar Arkadiano.
Quatro entediantes meses depois
 Aprendi a falar todas as línguas, uma por mês, foi tão entediante que no tempo vago que quase nunca tinha praticava boxe, kung fu ou qualquer outra luta, treinei tanto que desenvolvi um estilo próprio, priorizando os chutes, principalmente os altos, pois como eu corria pra qualquer lugar que precisava ir minhas pernas ficaram relativamente fortes, nomeei o estilo de Shaolin do Norte (pois quando decidi o nome o barco ia na direção norte), Kinillian também treinou bastante suas habilidades e conseguiu dominar seu poder, o de cura. Poderes são hereditários então, assim como eu não escolhi ter o elemento do fogo, ela não escolheu ter o de cura, eu me sinto bem com o poder do fogo, pois, como uso mais os punhos, posso colocar um tanto a mais de força em cada golpe, ou mergulhar meus chutes em fogo e “mandar brasa”, só que ela não parecia muito contente com o poder da cura, ela entendia que era um grande poder e tudo mais, porém ela disse que gostaria de um poder mais útil no campo de batalha, algo mais agressivo, como o fogo.
Duas semanas depois
 Fazia algum tempo que o capitão não nos alimentava então, como já estávamos cheios de sermos tratados feitos animais, decidimos sair da jaula e roubar comido, esse era o plano inicial, até um homem da tripulação nos ver e eu ter-lhe matado por “acidente”, com um soco no fígado, e então o plano mudou para “matar toda a tripulação”. Depois de ter matado metade da tripulação decidimos ir a cozinha pegar algo para comer, pois faziam 3 dias que não comíamos nem bebíamos nada, e mesmo assim ainda tinha gás pra matar qualquer um que entrasse no meu caminho. A cozinha estava sendo ocupado por quase a tripulação inteira, pois era o jantar, os únicos que não estavam presentes eram o capitão e seus dois imediatos, que deviam estar jogando poker na cabine do capitão, nós tínhamos um plano para matar todos os marinheiros silenciosamente, até que o cozinheiro viu-nos colocando veneno dentro da panela e saiu correndo gritando, todos os que estavam sentados a mesa levantaram, puxaram suas espadas, e saíram correndo atrás de nós, eu já estava suficientemente nervoso e faminto até algum meliante atirar uma pedra em minha cabeça, pra mim aquilo foi a gota d’água, virei para trás com o coração em chamas, cheio de raiva, e estendi minhas mãos por instinto, e delas saíam jatos e bolas de fogo, um sentimento de alívio e surpresa percorreu meu corpo inteiro, fazendo-me pular no ar, atirando fogo contra tudo e todos, até que Charles me pegou pelo pé me dizendo que se eu continuasse com aquilo o navio iria afundar, não tinha sobrado nenhum marinheiro, nada. Arrombamos a porta da cabine do capitão e a cena que vimos foi a coisa mais estranha que já vi em toda minha vida (até aquele momento), o capitão e seus imediatos estavam no meio de uma orgia (sexo a três), Charles não pareceu nada abalado, mas eu e Kinillian quase vomitamos pois o capitão deveria ter seus 50 anos, e os imediatos beiravam os 23 anos, de olhos fechados eu atirei fogo na sala inteira, transformando-os em churrasquinho de marinheiro. Com o plano sucedido, fomos até a praia mais próxima, que coincidentemente estava a apenas seis quilômetros de Arkadian, o navio estava carregado de ouro, então eu e Kinillian fomos até a cidade e conseguimos comprar uma casa ligeiramente grande perto a um casarão velho e abandonado.

Continua...

Adendo do Sirius: OHAYO MINNA !!! Então, o fato de esse prológo ter siddo adiado por tanto tempo, foi devido que, como o prológo não é meu, eu precisava escreve-lo com a mesma emoção como se fosse meu próprio, então ficou mais difícil, mas não se preocupem pois logo o episódio 1 vai estar aí e todo mundo vai poder vê-lo ^^

domingo, 2 de setembro de 2012

Silver

 Estava um belo dia em Tarkan que decidi ir para uma caminhada, andando por aí notei que Tarkan estava muito menos movimentado que normalmente, fato que atribuí ao calor quase insuportável por estarmos no verão, então continuei minha caminhada. Certo ponto eu não aguentava mais andar, tirei minha camiseta e o chapéu mas não adiantou, estava fazendo realmente calor demais e eu precisava descansar, deitei-me embaixo de uma árvore e fiquei observando as nuvems, o céu, pássaros e insetos, até que as pessoas que estavam caminhando também e as crianças que brincavam nos parquinhos começaram a se retirar nervosamente para suas casas, alguns até corriam, pensei que algo estava errado então me levantei e coloquei a camiseta novamente e o chapéu, então olhei para o lado e vi uma amiga minha de infância correndo, era natural já que ela tinha se tornado uma ninja de elite, mas ela estava correndo bem rápido, quando ela saiu do meu campo de vista, cerca de 2 minutos depois, apareceu uma criatura que nunca havia aparecido perto da cidade, era um...DRAGÃO ?


continua...



Nota: OHAYO MINNA!!! Desculpem pela demora pessoal, é que o computador do Silver deu pau então não dava pra fazer o prológo dele, ele me passou a ideia e eu já estou produzindo o prológo, passando isso já poderemos ingressar na história de verdade e zarpar para o infinito e além. Do seu host preferido, Sirius Maddox

P.s: Caso estejam se perguntando "MAS O QUE DIABOS É TARKAN ?", "Acalme tua alma mortal, senta-te e eu lhe explicarei" eu lhe respondo, então vamos lá: Tarkan é um continente flutuante, é consideravelmente grande, chegando a ter o tamanho da áfrica mais ou menos (e ocupando seu lugar no mapa de Bastion), "Ah, mas esse bangue faz sombra ?" faz sombra sim, embaixo dele fica o Mar Antigo, ou, como eu apelidei, Ancient Sea (Aegean Sea também tá valendo), esse Mar Antigo é um dos pontos mais perigosos de Bastion pois a galera que se desenvolveu na sombra é muito misteriosa, e selvagem. Mas voltando a Tarkan, Tarkan é um continente selvagem, grande parte é civilizada (pensem naquela ponta de pizza da áfrica como a parte civilizada) mas continua sendo selvagem, tem vida inteligente e é um ótimo lugar para se viver (lá tem várias laranjas também). Do seu host preferido, Sirius Maddox