quarta-feira, 25 de julho de 2012

Prólogo: Sirius Maddox


Quando completei nove anos, eu e minha irmã adotiva nomeada por mim de “Millennium”, saímos da floresta em direção a Dragongate, a cidade vizinha, já que Amalur estava infestada de corpos putrefatos e mortos vivos vagando por aí. Eu e Millennium esperávamos encontrar milhares de dragões no caminho para a cidade, por isso ele afiou suas garras e treinou suas habilidades de caça, e eu construí um arco para mim. Partimos com 5 kg de carne cada um, e eu com 20 flechas e um arco. Chegando à rota para Dragongate decidimos ir pelas arvores, longe da estrada, imaginávamos que a estrada estaria lotada de dragões de guarda para vigiar a cidade. A estrada estava toda e completamente deserta, chegando aos arredores da cidade eu notei um esqueleto de proporções colossais no centro do deserto de cinzas que havia se formado ao redor, provavelmente pelo fogo que a criatura havia expelido, mas esse não foi o maior choque, o que mais me chamou a atenção foi o fato de que o esqueleto não tinha se degradado naturalmente, pois senão toda a área em volta estaria fedendo a carniça, e os ossos não tinham nenhum resquício de carne, eu armei o arco e fui checar dentro da ossada da criatura, esperando encontrar algo tão grande quanto à ossada, fui de arco pronto. Chegando mais perto reconheci que era a ossada de um dragão, dentro dele havia vários ossos espalhados de humanos e de outros dragões, mas nenhum sinal da criatura que poderia ter transformado um dragão daquele tamanho em uma pilha de ossos. Fui seguindo em frente no plano deserto de cinzas que ali se formara, em direção ao que eu imaginava ser o porto. Como era uma caminhada considerável, e já estava anoitecendo, eu e meu irmão decidimos parar por ali e continuar no dia seguinte. Estávamos à procura de uma caverna ou coisa parecida, então achei uma pequena colina que parecia ser a única parte de chão que não estava coberta de pó, cinzas ou ossos. Começamos a subir a pequena colina, que devia ter de quatro para cinco metros de altura, enquanto subia a colina percebi que não havia grama na colina, isso poderia ser explicado pelo fato de ter sido queimada, mas a colina além de não ter grama, era molenga, na hora que Millennium colocou sua pata e cravou as garras para subir a colina ela, ou aquilo, urrou com a força de um trovão, e se levantou eu pulei pra fora, o mesmo fez Millennium, quando a coisa se levantou percebi que tinha subido na barriga de um monstro, mas não era nada como um ogro ou um trasgo era um ciclope de 8 metros de altura, eu fiquei paralisado de medo, parado, na frente do monstro que se levantava com a fúria de um vulcão, olhando para os lados a procura de quem tinha perturbado seu sono, ele então pegou uma clava do chão e desceu um ataque em mim, por sorte, no último instante Millennium urrou as minhas costas para eu sair do lugar, pulei para o lado, mas o tremor me fez cair no chão, saí correndo em direção a ossada de dragão na esperança de me esconder ou fugir do ciclope, então Millennium se pôs a minha frente e me ameaçou como se querendo dizer “volte lá e arrebente a cara dele ou eu te parto no meio aqui e agora”, sempre tive um pouco de medo de Millennium, então eu me virei, não só por estar sendo ameaçado por uma tigresa (sim, Millennium é fêmea) feroz, mas também pelo fato de que eu não podia simplesmente correr daquele monstro, percebi que ele estava quase se arrastando, provavelmente porque um ser de 10 metros não tenha um intestino grande o suficiente para engolir um dragão de 1 km, mas eu sentia cheiro de fezes por vários lugares então era óbvio que aquele dragão não tinha sido devorado da noite para o dia, aquele ciclope deveria ter estocado o dragão para comer mais, mas ciclopes são criaturas gulosas, então ele deve ter tentado comer o dragão assim que o matou só que um animal daquele tamanho seria demais para um ciclope engolir de uma vez. Enquanto pensava o ciclope se aproximava mais e mais, me dei conta desse fato quando senti seus passos tremendo a terra, olhei para o lado e lancei uma saraivada de flechas, acertei dez flechas na barriga dele e ele nem hesitou, então me afastei mais um pouco e me escondi atrás de uma pequena pilha de ossos para ver sua reação, e, quase de imediato, ele se abaixou para olhar a sua volta, “É isso” pensei, o olho é o seu ponto fraco, então eu subi na pilha de ossos e lancei uma flecha em direção ao seu enorme olho castanho-escuro, o tiro acertou em cheio, cegando o ciclope, mas então tive outra idéia diabólica, peguei um crânio do chão, cheguei mais perto da criatura silenciosamente, e quando ele se virou “BANG”, o crânio acertou em cheio a flecha que estava cravada, que por sua vez acertou o cérebro da criatura, e cravou fundo, ele caiu duro no chão diretamente após o impacto, subi encima clamando vitória, então arranquei seu chifre como um espólio de guerra, e o chifre mais tarde se mostrou ser uma valiosa espada, eu e Millennium nos deitamos exatamente no lugar onde o ciclope estava deitado, já que estava livre e poeira e ossos, e estava bem quentinho já que o ciclope estaria deitado ali, naquele mesmo lugar, por meses.
Já de manhã, Millennium me acordou rugindo para algum javali que deveria ter se aproximado dali, me levantei e fui caminhando até a costa, pela posição do sol eu julgaria que cheguei à costa uma hora da tarde, sentei a beira da praia procurando algum barco, peguei um pedaço de carne para comê-lo, já que estava sem comer desde a batalha com o ciclope. Millennium ficou nas sombras das árvores e eu junto dela, já que ambos temos a pele muito sensível à luz do sol. Esperamos anoitecer para planejar algo, então, quando o sol se pôs, me levantei debaixo da arvore usando o chifre de apoio, aparentemente meu tornozelo estava quebrado na hora em que o ciclope atacou-me de raspão, usando o chifre de bengala, cheguei à beira do mar, mar que nunca tinha visto antes, neste momento o que eu mais desejava era um barco para ir a Arkadian, logo após eu pensar em Arkadian, a água tremulou e dela se levantou um barco de pesca de tamanho considerável, grande o bastante para eu levar o corpo do ciclope junto de mim e Millennium para Arkadian, cortei algumas árvores com o chifre de ciclope e consertei alguns furos no barco, então embarcamos para Arkadian.
 Chegando à baia de Arkadian, adentrei a cidade e deixei Millennium vigiando o barco com o corpo do ciclope, as pessoas na rua lançavam olhares estranhos em mim pelo fato de eu estar completamente nu, quando falei para um marinheiro que tinha matado um ciclope ele não tinha me entendido direito já que eu não tinha crescido com humanos, mas conseguia falar algumas frases, então levei o marinheiro desconfiado até meu barco, quando ele viu o tamanho do barco e do ciclope ficou totalmente absorto, me deu muitos sacos de dinheiro, e me explicou o que era já que pensava que eu era estrangeiro porque estava olhando com uma cara estranha para os sacos de dinheiro, seguindo a orientação dele, fui à cidade comprar roupas, e a dona da loja me ensinou como usá-la, comprei uma casa provisória já que não pretendia me instalar ali, logo após ter entrado em casa começou a chover, uma tempestade se aproximava, fiquei olhando a montanha perto da cidade, e então, um raio caiu bem em cima da montanha, eu me assustei e cai para trás, Millennium não parecia ligar, afinal, já tínhamos passado várias semanas em chão molhado ou embaixo de árvores, esperando a chuva passar, como a montanha já não parecia mais tão interessante, e não tinha nada melhor a fazer, fiquei observando a rua, até que uma menina aparentemente com quase a mesma idade que eu, julgaria 9, 10 anos no máximo, ruiva, correndo pela rua desesperada, parecia estar fugindo de algo, então ela bate a minha porta furiosamente implorando para entrar, e eu deixo, ela explica que estava fugindo de pessoas que estavam fazendo experimentos com ela, isso deve explicar a falta de roupas dela, e sua pele era tão branca quanto a minha, era óbvio que nada de bom poderia ter acontecido a ela, ela explicou que cresceu em uma tribo bárbara por isso que tinha pinturas no rosto e no corpo inteiro, logo após terminar a frase, um grupo de homens passou correndo em frente minha casa e ela se escondeu, eles bateram na minha porta perguntando se eu tinha visto alguma menina passando por aqui, ia responder que sim então Millennium rosnou me ameaçando como se dissesse “Se você contar sobre ela eu racho o seu crânio”, então eu respondi que não e eles agradeceram e continuaram batendo de porta em porta, perguntei a menina qual era seu nome e ela me respondeu “Annabeth”, eu dei a Annabeth algumas roupas e comida, ela percebeu que eu não sabia falar direito nem usar muitas roupas, então ela me ensinou a usar roupas, o idioma, como usar garfo e faca, e várias outras coisas.

Continua...

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